Não há fórmula mágica!!!

Não há fórmula mágica para a motivação de equipas nos CAMVs mas, uma coisa é certa, equipas motivadas são mais eficientes, mais produtivas, com menos absentismo e com menos rotação.

Nos trabalhos de acompanhamento de equipas que faço junto dos CAMVs, fico sempre com a sensação que mais importante do que o foco nos números é o foco em cada uma das pessoas individuais que fazem parte da equipa do CAMV. É esta atenção individual que produz as alterações necessárias para que a equipa seja maior do que a soma das partes. Os números advém naturalmente por consequência.

Sim, podemos falar que cada pessoa tem motivações extrínsecas e motivações intrínsecas, e que, enquanto líderes, temos dificuldade em atuar sobre todas. No entanto, para termos uma equipa forte e alinhada com o rumo que pretendemos para o CAMV, desafio-vos a começar por identificar cada um dos factores que motivam e desmotivam cada membro individual da vossa equipa. 

Muitas vezes, estas conversas individuais são o ponto de partida ideal para encaminhar a equipa na visão que temos para o CAMV e sinto que as chaves para o seu sucesso passam por fazer com que a pessoa sinta:

  • Que tem autonomia e margem para agir sem depender de um superior, em função da sua qualificação e experiência; 
  • Que tem uma perspectiva futura de desenvolvimento de carreira que permite que cada um melhore as suas competências e o seu talento;
  • Que tem um propósito maior de contribuição para a sociedade enquanto parte da equipa do CAMV;
  • Que se adequa ao posto de trabalho e que não estejam criadas falsas expectativas;
  • Que tem à vontade para explorar os seus  sentimentos sobre o ambiente geral físico (ruídos, falta de ventilação ou iluminação) e social (relações interpessoais, conflitos) sugerindo melhorias.
  • Que tem líderes honestos e éticos incentivando a que também o seja nos seus próprios momentos de liderança. 
  • Que tem abertura para estimular uma comunicação eficaz, ascendente e descendente. 
  • Que os seus êxitos foram reconhecidos, apreciados e partilhados com os pares.

Não se enganem, é claro que a remuneração pessoal é uma coisa importante mas, nem sempre aumentá-la é a melhor receita para motivar. É preciso considerar a preferência individual porque há pessoas que optariam por mais lazer, mais flexibilidade, mais desenvolvimento pessoal, mais autonomia em vez de mais dinheiro. Também é importante não esquecer que para incentivar à melhoria tem que haver uma relação direta entre salário e desempenho percebido, bem como entre esforço e rendimento.